sábado, 27 de março de 2010

17/03/2010

Tentou esquecer sua reação no dia anterior. Forçou o travesseiro sobre sua cabeça, formando uma fortaleza de bloqueio imaginário em torno de seu crânio. Imaginário, pois, no momento em que o barulho do se ajeitar cessava, seus pensamentos começavam a gritar. Mais alto. Mais alto. Por algum motivo desconhecido da natureza, ela moveu sua mão num gesto de tchau para um total desconhecido como se fossem íntimos. Ele quem insinuara querer alguma aproximação antes. Ele queria; se não, teria se afastado e não teria esboçado aquele lindo sorriso convidativo,
Entretanto, por um motivo desconhecido do próprio Deus, alguns segundos depois ela confusa o olhou com um olhar de ‘tenho que ir’, e contra sua própria vontade se empurrou na direção oposta, deixando o menino lá, estático, perdido.
Saiu do trem tropeçando em tudo e todos, louca para sair dali. Tinha plena consciência do que tinha feito. Ela não fazia isso, não saía por aí dando tchau’s pra qualquer um.

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