Hoje eu acordei sem nada no estômago, sem nada no coração, sem ter para onde correr, sem colo, sem peito, sem ter onde encostar, sem ter quem culpar. Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz.

(Tati Bernardi)

17/03/2010

Tentou esquecer sua reação no dia anterior. Forçou o travesseiro sobre sua cabeça, formando uma fortaleza de bloqueio imaginário em torno de seu crânio. Imaginário, pois, no momento em que o barulho do se ajeitar cessava, seus pensamentos começavam a gritar. Mais alto. Mais alto. Por algum motivo desconhecido da natureza, ela moveu sua mão num gesto de tchau para um total desconhecido como se fossem íntimos. Ele quem insinuara querer alguma aproximação antes. Ele queria; se não, teria se afastado e não teria esboçado aquele lindo sorriso convidativo,
Entretanto, por um motivo desconhecido do próprio Deus, alguns segundos depois ela confusa o olhou com um olhar de ‘tenho que ir’, e contra sua própria vontade se empurrou na direção oposta, deixando o menino lá, estático, perdido.
Saiu do trem tropeçando em tudo e todos, louca para sair dali. Tinha plena consciência do que tinha feito. Ela não fazia isso, não saía por aí dando tchau’s pra qualquer um.

...quando eu era criança - depois daqueles dias em que eu não aguentava mais nem me olhar no espelho - prometi a mim mesma nunca mais ter medo e chorar outra vez. Eu sempre criei metas e tentei me superar, dando um passo de cada vez e seguindo em frente mas, já faz muito tempo e o meu medo só aumenta e os meus choros não acabaram, eu ainda tenho medo do escuro, ainda tenho medo dos monstros que se escondem no meu armario, das bonecas com vida em cima da prateleira. Na verdade, eu não mudei - cresci mas, não mudei - meus pés ainda tropeçam entre si e eu sempre acabo caindo, meus pesadelos ainda me dominam na noite fria, e eu ainda não parei de chorar entre os lençois...

Não é nada demais, chorar de vez enquando e tirar o excesso de água dos olhos.

ESSES DOIS ESTAVAM AQUI PERDIDOS NOS MEUS ARQUIVOS DESDE SEMPRE, ENTÃO HOJE RESOLVI POSTAR. BEEEIJO DA LÉT.

Você não precisa se explicar, talvez eu esteja bem demais sozinha – e, quem sabe o destino quis assim mesmo – as nossas conversas ficaram para trás, e o seu sorriso? Só os restos mortais dele sobraram, quem sabe era de ser dessa forma, quem sabe deveríamos ter esse mesmo final infeliz que tivemos. Estamos muito bem separados, por mais que você ainda seja meu vizinho nos sonhos, por mais que eu ainda grite que te amo sem que nenhuma palavra seja ouvida, por mais que eu ainda deseje você aqui como sempre foi e talvez sempre será. Não existem explicações, nenhuma silaba a mais será pronunciada, você declarou um fim e se é assim que tem de ser, eu aceito. Me recuso a te machucar mais uma vez, ou quebrar a cara na próxima esquina. Me recuso a ser quem você não quer...

Mas, se ainda serve...se você ainda consegue ler todas as minhas palavras e ver qualquer sentimento nelas, ou se ainda tem dúvidas. Quando eu digo que amo você mesmo que seja pouco, na verdade é muito.

- Eu te amo, bem pouco, só para não perder o costume. E, sabe, eu ainda acredito em você – por mais que doa.

Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada

(Caio Fernando Abreu)

o texto satisfaz qualquer desejo e palavras que eu quisesse dizer. Quero fazer algo de produtivo hoje, vou tentar ser breve; para meio-começar e terminar eu quero dizer que estou cansada e tchau.

Paciência: Não trabalhamos

Isso aqui vai ser mais um desabafo do que qualquer outra coisa. Ando meio sem paciência, e minha mãe diz que eu estou intolerante com as pessoas. Resolvi então, escrever sobre minha intolerância. Em Caps Lock, é claro.

ÀS VEZES PENSO QUE SOU DRAMÁTICA DEMAIS, MAS NÃO ME ARRISCO EM DIZER QUE A MINHA VIDA NÃO É TÃO FÁCIL QUANTO PARECE. QUERO DIZER, EU IMAINAVA QUE ESSA COISA DE ESTUDAR E MANTER A VIDA SOCIAL EM DIA É UMA COISA COMPLICADA. ISSO NUNCA FOI NOVIDADE PRA MIM, MAS DESSA VEZ EU TÔ SEM PACIÊNCIA PRA TUDO. ÀS VEZES TENHO VONTADE DE VOAR NO PESCOÇO DAS PESSOAS, SÓ PRA DESCONTAR A RAIVA, SABE?

QUAL É? SOU UM SER HUMANO NORMAL. TENHO O DIREITO DE ME IRRITAR. ACHO QUE TODOS NÓS TEMOS. E TODOS ACHAM QUE NO CASO DAS MULHERES, A COISA É MAIS FÁCIL. NOS IRRITAMOS, FAZEMOS DRAMA, E NO FINAL COLOCAMOS A CULPA NA TPM. ESQUEÇA ISSO, EU NÃO SEI EM QUEM COLOCAR A CULPA!!!

CANSEI, SABE? AGORA EU ENTENDO O QUE EO JAY VAQUER QUIS DIZER QUANDO ESCREVEU “ME TIRA DAQUI, ME DEIXA FUGIR. FUGIR DE VOCÊ, DE TUDO QUE NÃO FOI ACERTADO. ME ESQUECE MORRI. EU NUNCA EXISTI. PASSEI POR AQUI TÃO RÁPIDO, NEM FUI REPARADO”

GENIAL.

ACHO QUE É SÓ ISSO. SEM MAIS.

LETÍCIA PALMÉRIO ADORA UM CAPS LOCK NA HORA CERTA

...entre todas as contas de matemática com resultados errados e todas as músicas de reggae mal sintonizadas no rádio estavam todos os meus sonhos mal disfarçados. Nunca gostei muito de jogos de crianças idiotas, sempre me ocupei com livros, jogos de memótia, agendas e provas. Cresci sem saber exatamente o que era errado, me habituei a sempre ter razão independente do que se tratasse. Me tornei alguém, tive o que desejei e tenho o que desejo. Perdi a conta de quantos anéis foram jogados fora após um dia difícil, de quantos beijos sumiram depois de horas de horror chorando, Percebi a longo prazo o verdadeiro significado da palavra felicidade, dinheiro não compra coisas valiosas do tipo que torna sua vida mais amorosa ou transforma um espaço em branco em pessoas que se sentem bem ao teu lado. No fim das contas você acaba na sua sala de estar, sozinho, no escuro, e derramando algumas lágrimas quando o mocinho do filme beija a garota do interior. Não faz muito sentido por os planos em ordem decrescente, não faz sentido - como meu pai diz - por a carroça na frente dos bois...

PREZE PRIMEIRO PELO AMOR

aluga-se um coração (...)

NÃO HÁ NADA QUE EU NÃO FARIA PARA TER

APENAS UMA CHANCE DE OLHAR EM SEUS OLHOS

E VER VOCÊ OLHANDO PARA OS MEUS.

Houveram dias em que eu caí na cama desejando morrer e me jogar pelas escadas, dias que eu desejei que passasse voando e se possivel que não sobrasse nem os restos mortais dos mesmo. Você se joga na cama, fecha os olhos esperando o maldito ponteiro passar e já provar que é outro dia mas, não, ele parece pesado demais para ir mais rápido e quem disse que o sono vem? você revira mil vezes para cada lado da cama grande e vazia, e a porcaria do sono não aparece. É ridiculo, e quando você levanta tentando pegar um copo d'agua o sujeito folgado que só vive dormindo, vive de dando ordens.

Você se arrasta mais uma vez para o quarto jurando o que sono virá, e nada. Tem dias que é assim mesmo.

Mas também há dias em que você planeja fazer mil coisas e mal dá para fazer uma, e você chega reclamando em casa do tempo que não sobra, do tempo que passa rápido. Você se arrepende dos dias em que desejou que o tempo passasse rápido demais, começa a lembrar dos dias em que ficava tentando dormir mais um pouco. Tudo pausa mas, o tempo não pausa.

Ano passado foi um ano dificil, meio chato; no meio do ano eu já queria que fosse dezembro. Mas, com o tempo a gente se arruma e consegue sobreviver até o fim. As pessoas que te fizeram cair, no fim acabam sendo suas colegas de bairro ou vizinhas. Tudo acaba dando voltas tão idiotas, e as coisas não parecem fazer sentido. Não importa, você está vivo e quando é o ultimo dia do ano as esperanças se renovam, voce fica de pé e diz qualquer merda encorajadora e segue em frente, a vida é assim...os anos passam, as horas passam, as pessoas passam, as 'colegas de bairro' passam, enfim, até um dia você também vai passar.

Enquanto muita gente anda assobiando eu vivo tentado sair de cima da minha própria sombra

tenho que ir estudar. Para os que ainda não estao cansados de ser informado: eu dificilmente vô comen´tar seus posts! Economize energia e desligue o seu computador ao invés de ficar dando ctrl+c e ctrl+v durante horas, ok?


um beijo, Letícia.

Recordações.

Essa rua é preta e branca. Os detalhes estão todos borrados; o ar é frio e o sol não aparece. Bem-vindos a rua da memória. Aqui está todo seu passado, seja ele como for, você o encontra aqui. Pode tentar mudá-lo, mas não adianta. Essa rua se contorce e volta a ser o que era. Não meu amigo, ela não é feliz. Aqui, tudo passa em câmera lenta, as figuras mal conseguem falar, é tudo uma confusão de vozes... Quem sabe, entre as memórias você acha uma boa?

Você avista seus velhos amigos, a cerveja e seu cachorro que morreu... Bobagem, o cachorro morreu, a cerveja acabou, e seus amigos esqueceram de você... Aqui, seu coração se esvazia, sua mente pega fogo, sua espinha congela e você quer ir embora; pode ver e tentar ouvir, mas esqueça, amigo, você não pode mudar...

Logo adiante, no fim dessa rua, há a travessa da solidão, dê uma passada lá, vendem cigarros, sorvetes e bebidas - você vai precisar... Não adianta, tudo acaba na rua da memória. Se insistir em mudar, acaba na solidão... Eu lutei bastante, mas, quando chego aqui, me perco no passado. Você pode acabar vivendo dele, esquecendo o presente... Cuidado! Esta rua é traiçoeira...

Olhe em volta, tudo já acabou... Olhe agora, você está sozinho... Todos os sonhos, a esperança, onde foram parar? O vazio te incomoda, tudo que você não disse e guardou, todas as palavras que lhe foram ditas e você não respondeu: hoje te queimam por dentro, te derrubam na cama, te fazem perder a cor e chorar a noite toda.

Você se hospeda em uma pousada chamada Desilusão, escuta a chuva que bate contra a janela, olha para a rua deserta onde consegue ver apenas a fraca luz dos postes...Tudo parece morto, se não fosse pelo seu pulsar do coração, julgaria-se morto... Sem nenhuma esperança de melhora, sem nem uma vontade de sair dessa rua... Deita na cama, pega um velho livro empoeirado e corroído pelas traças, você pretende não ver, você pretende se conformar... Deixa que tudo te consuma, você se entrega lentamente à solidão; lembra dos sorrisos amigos, dos abraços grupais, dos filmes, das tardes jogando baralho. Você se lembra de seu avô te ensinando a jogar cartas, da pipoca feita pela sua mãe, do carinho do seu cachorro... Olha em volta e percebe que nada mais é igual. Não existe mais cor no mundo, não existe mais vida, você prefere morrer, prefere fugir: fugir para onde? Repouse a cabeça no travesseiro, tente dormir, quem entra na rua da memória está fadado a morrer aqui. Você não aprendeu a lidar com perdas e mudanças, tornou seus sentimentos mais forte que sí. Tornou-se prisioneiro de sua própria tristeza. Tome logo seu sonífero, talvez em seus sonhos, ainda aja cor, ainda aja alegria, se não houver; deixe tudo te consumir, deixe tudo de tomar, deixe tudo te destruir...

ME DESCULPEM MAIS UMA VEZ, PELAESCRITA MEDILCRE.. BEEEEIJOS!
A FALTA DE TEMPO ME CONSOME ¬¬'

Seis de Março de Dois Mil e Dez (...)

Lágrimas não fazem falta, pelo contrário se dependesse de mim retiraria, de todos os dicionários, essa palavra. ...acontece que sempre vão existir caminhos estreitos e tombos que precisam ser superados, e lágrimas não vão ajudar, não vão nos libertar de nada. Sempre existirão pessoas - milhares delas - que surgirão como um bactérias resistentes em meio ao desinfetante, e como a palavra diz "elas são resistentes". Nenhum de nós deveria baixar a cabeça e tentar enxergar as palavras sujas que ouvir, não é necessário dar confiança a quem nem ao menos merece respeito. Vivemos para realizar todos os nossos sonhos e desejos, se você não tem nenhum, então não atrapalhe na concretização dos meus, é perca de tempo para você e irritação nos meus ouvidos. Olhar com a cara de que se sacrificou o suficiente e não poderia ser diferente não vai mudar os fatos, e se for para complicar é melhor se suicidar sem causar um dano a mais ninguém. Minha vida não é escrever em tempo integral um caderno em branco - como você -, as vezes dá pra sentir o peso nas costas da culpa por não te ajudar, mas quando se está em um labirinto onde não se enxerga o fim não é preciso de mais ninguém para atrapalhar ou tropeçar nas curvas, não dá pra fugir da racionalidade. E quando eu digo racionalidade não me refiro a realidade, pois é muito diferente. Sonhos são necessários e mais que isso, projetos de vida. Um dia você ainda vai encontrar aquela pessoa que você sempre quis conhecer pessoalmente e ainda não teve a oportunidade, um dia você ainda vai se formar naquela universidade dos sonhos, um dia ainda vai ser aquele cantor de uma banda de rock popular - se não conhecer aquele que você sempre quis ter um autografo. Ou qualquer outro sonho idiota que você tenha em mente, isso é muito relativo...mas, antes com sonhos idiotas que sem nenhum...

Perder o céu, pode ser normal - as vezes -, mas não eternamente e não é como se tivesse de querer voltar atrás para decidir tomar o rumo correto, não existe esse opção.

"Sonhe com aquilo que você quiser" - (Clarice Lispector)

percebi só agora que eu nunca posto aqi como deveria, - isso é uma vergonha! - E também agr estou ocupada com os estudos ÉÉR, então não pude escrever nada melhor. Me deem um desconto, ok?


beeijos pra quem ainda tem a paciência de passar por aqui, rs.